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Custo de oportunidade: entenda o que é, exemplos e como calcular!

Uma das principais dificuldades do investidor é escolher os produtos e ativos financeiros mais adequados para compor a sua carteira de investimentos. Afinal, existem inúmeras opções no mercado financeiro, sejam elas de renda fixa ou de renda variável.

Nesse contexto, aprender a calcular o custo de oportunidade se revela importante. Isso porque a análise desse conceito pode contribuir na decisão de investir em uma alternativa ou em outra. Assim, você poderá montar um portfólio mais alinhado ao que você busca enquanto investidor.

Continue a leitura deste artigo para saber o que é o custo de oportunidade, conhecer exemplos e descobrir como é feito o seu cálculo. Não perca!

O que é custo de oportunidade?

O conceito de custo de oportunidade diz respeito à relação existente entre uma escolha e as suas consequências. Também chamado de trade-off, esse é o custo que você paga por ter escolhido uma opção em detrimento das demais.

Essa definição pode ser aplicada em diferentes áreas da vida, como trabalho, estudos, relacionamentos e muito mais. Quando você opta por cursar direito, por exemplo, poderá abrir mão de outros cursos como medicina, engenharia, tecnologia da informação, etc.

No mercado financeiro acontece o mesmo. Isto é, quando você escolhe alocar o seu capital em uma alternativa de investimento, estará deixando de lado os eventuais ganhos que você teria ao investir em outra.

Para entender melhor, pense em quem investe apenas na caderneta de poupança. Nesse caso, essa pessoa deixa de explorar o potencial de rentabilidade de alternativas como os CDBs (certificados de depósito bancário). Afinal, eles podem ter rendimentos maiores e têm o mesmo nível de segurança da caderneta.

Como o custo de oportunidade funciona? 

Agora que você conheceu o conceito de custo de oportunidade, falta aprender como ele funciona. Quem investe costuma ter recursos limitados para alocar, não sendo possível incluir todos os investimentos de seu interesse na carteira em apenas uma oportunidade. 

Nesse sentido, é necessário priorizar as opções mais alinhadas às suas expectativas e ao seu nível de abertura de riscos. Isso pode exigir que você abra mão de alternativas que podem ter um bom potencial de rentabilidade, mas também são mais arriscadas, por exemplo.

Ademais, é importante avaliar os diferentes custos de oportunidade, que nem sempre estão ligados apenas à rentabilidade ou questões financeiras. Confira abaixo os custos mais comuns:

  • custo de oportunidade aberto: esse é o formato mais simples, pois traz todos os elementos para medir o impacto da escolha que foi deixada de lado;
  • custo de oportunidade oculto: nesse modelo, são considerados os custos embutidos na operação realizada, mas que podem ser difíceis de identificar ou mensurar;
  • custo de oportunidade contábil: diz respeito ao custo contabilizado, ou seja, após abater os custos abertos e escondidos para saber o quanto você perdeu ou deixou de ganhar;
  • custo de oportunidade ambiental: nessa modalidade, é buscado o máximo que se pode aproveitar ao explorar um recurso natural.

Como calcular o custo de oportunidade?

Ainda que seja necessário  considerar o custo de oportunidade no momento de investir, nem sempre é possível calculá-lo de forma precisa. O motivo disso é que esse conceito, muitas vezes, está ligado a aspectos subjetivos, inexistindo uma fórmula aritmética universal.

Por exemplo, cada pessoa possui um perfil de investidor e objetivos individuais. Assim, um investimento pode representar exatamente o que um investidor está buscando, mas atender aos interesses de outra pessoa apenas parcialmente.

Nesse contexto, cada investidor pode chegar a um resultado diferente ao avaliar o custo de oportunidade. Por essa razão, é possível expressar esse custo em uma fórmula matemática que seja aplicável em qualquer situação se torna bastante complexo.

Contudo, quando se fala a respeito de investimentos, alguns conceitos podem ajudar na decisão — como a análise do tripé de investimentos. Ele envolve a rentabilidade, a segurança e a liquidez de uma alternativa antes de investir nela. 

Conheça cada um desses pilares:

  • rentabilidade: representa a remuneração que pode ser obtida a partir da realização do investimento. Em outras palavras, é o potencial de retorno financeiro;
  • segurança: refere-se ao risco que um investimento oferece e o nível de proteção que ele proporciona;
  • liquidez: diz respeito à velocidade em que se pode converter o investimento em dinheiro.

Quando você opta por um investimento com alta rentabilidade, provavelmente terá que abrir mão da segurança e da liquidez. Já ao priorizar a segurança, é possível que a rentabilidade e a liquidez sejam prejudicadas.

Exemplo de custos de oportunidade

Para facilitar a compreensão da análise do custo de oportunidade, vale conferir um exemplo prático em relação aos investimentos.

Com a alta da Selic (a taxa básica de juros), muitos investimentos de renda fixa passam a ter uma rentabilidade maior. Nesse sentido, suponha que você encontre um título do Tesouro Direto com vencimento em 5 anos e que ofereça um retorno de 13% ao ano.

Agora imagine que, na plataforma de investimentos de sua corretora, você encontre um fundo de investimento multimercado que apresente um histórico de rentabilidade de 26%, somente no último ano. Ao avaliar apenas a rentabilidade, o fundo pode parecer mais vantajoso.

Porém, quando analisada a liquidez, o Tesouro Direto conta com liquidez diária, podendo ser resgatado em apenas 1 dia. Já o fundo conta com uma liquidez de D + 91 e, assim, você demorará cerca de 3 meses para levantar a quantia investida após a solicitação do resgate.

Quando analisada a segurança, os títulos do Tesouro têm o Governo como devedor. Nesse sentido, é bastante difícil que ele se torne inadimplente e as aplicações são integralmente cobertas pelo Tesouro Nacional. 

Por outro lado, o fundo multimercado analisado adota estratégias que podem envolver renda fixa, ações, câmbio, criptomoedas e muito mais. Portanto, ele tende a ficar exposto aos riscos do mercado, podendo fazer o capital do investidor crescer ou diminuir — o que representa alto risco.

Com isso, ao escolher um deles, você estará deixando de aproveitar os benefícios do outro — que podem envolver maior liquidez, rentabilidade ou segurança. Assim, é preciso analisar todos os fatores para entender qual escolha é mais adequada às suas necessidades.

Conclusão

Neste artigo você aprendeu o que é custo de oportunidade e como ele funciona. Caso você invista ou pretenda investir no mercado financeiro, essa análise pode ser determinante para a escolha das alternativas que mais façam sentido para o seu perfil de investidor e objetivos financeiros.Precisa de ajuda para conhecer os investimentos mais adequados considerando o seu perfil e objetivos?

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