O que é e como funciona uma holding familiar?

Ao longo do tempo, muitas famílias conseguem construir um patrimônio significativo. Entretanto, administrar uma grande quantidade de bens não é uma tarefa simples. Por isso, para facilitar esse processo, pode ser interessante entender o que é uma holding familiar.

A estratégia pode trazer uma série de benefícios para a família. Como exemplos, estão a redução no Imposto de Renda e a eficiência na sucessão patrimonial. Assim, pode fazer sentido saber mais sobre o assunto.

Neste artigo, você entenderá o que é uma holding familiar, como funciona, quais são as suas características e como montar uma empresa desse tipo. Vamos lá?

Administrar bens familiares pode não ser uma tarefa simples, mas uma holding pode ajudar. Descubra o que é uma holding familiar e suas vantagens!

O que é uma holding familiar?

Holding familiar é uma empresa constituída por pessoas da mesma família. O objetivo da sociedade é administrar o patrimônio dos familiares, que são pessoas físicas. Assim, todos os bens – como móveis, imóveis e empresas – ficam no nome da holding.

Isso facilita a administração do patrimônio e também a sucessão caso alguém faleça. Os familiares se tornam sócios e cada um tem sua parte na sociedade. Qualquer lucro recebido com o patrimônio é dividido proporcionalmente, de acordo com as definições do estatuto.

Como ela funciona?

Em geral, as holdings familiares são montadas como sociedades limitadas. O patrimônio dos sócios é integralizado como capital social, de forma que ficam protegidos contra adversidades das pessoas físicas, por exemplo.

Ao montar uma holding familiar, a administração também é conjunta entre os sócios. Assim, as decisões sobre gestão, pagamentos, alienação e outros detalhes devem ser tomadas por todos.

Principais características da holding familiar

Existem dois tipos de holding familiares, com características distintas. Na holding pura, o objetivo é apenas administrar outras empresas e bens. Na mista, é possível adicionar atividades operacionais com fins lucrativos.

A escolha dependerá da situação específica de cada família. A opção mista permite controlar os imóveis e também fazer a administração e a locação dos bens.

Vantagens de contar com uma holding familiar

Agora que você sabe o que é e como funciona uma holding familiar, confira algumas vantagens de contar com essa estratégia:

Facilita o planejamento sucessório

O primeiro benefício que não poderia deixar de ser citado é facilitar a sucessão de bens. Para isso, é importante que todas as regras sobre a divisão que ocorre na herança sejam definidas no contrato social da empresa.

Os sócios podem confiar todo o seu patrimônio à holding, pois não há problemas em relação à alienação de bens. As ações ou as cotas de participação societária costumam ser doadas aos herdeiros e é possível fazer isso com reserva de usufruto.

Sem a sociedade, a herança e a sucessão serão determinadas pelo Direito de Família. Tudo será feito por meio de um processo de inventário e partilha de bens. O processo é lento e custoso, por isso, a holding pode ser uma alternativa interessante.

Aumenta a proteção patrimonial

Esse é outro benefício proporcionado pela holding familiar. Ao escolher a sociedade, é possível definir que os sócios serão apenas pessoas específicas. O objetivo é proibir a entrada de indivíduos alheios à sociedade.

Com isso, o patrimônio da família fica mais protegido em situações de casamento e separação, por exemplo. Por ser uma pessoa jurídica, os bens pertencem à holding, não aos sócios individualmente.

Significa que, se algum deles sofrer uma cobrança ou contrair dívidas, o patrimônio da empresa não é atingido. Mas é preciso atenção: o sócio não pode usar a sociedade para manipular dívidas, cometer fraudes contra credores ou evadir-se de obrigações.

Melhora o controle do patrimônio

A holding familiar pode melhorar a administração patrimonial. Na sociedade, os bens passam a ser controlados pela pessoa jurídica criada. Uma das possibilidades é nomear um administrador com experiência na área.

Não é necessário que ele seja um dos sócios. O profissional fará toda a gestão do patrimônio da empresa de acordo com os interesses dos donos e da disponibilidade dos bens. Outro ponto relevante é que isso evita e dilapidação resultante de uma má gestão.

Possibilita menor incidência de impostos

O planejamento tributário é outra vantagem das holdings familiares. Nesse sentido, é importante entender os conceitos de evasão e elisão fiscal. A evasão é referente à redução de incidência de tributos de modo ilícito.

Já a elisão diz respeito ao planejamento tributário feito para que haja redução da carga de impostos, de forma legal. É nesse sentido que as holdings se destacam. Por exemplo: os lucros são distribuídos para os sócios proporcionalmente.

Como os impostos incidentes sobre esses rendimentos são reduzidos, o lucro é maior. Outro ponto positivo é que os dividendos são isentos de Imposto de Renda.

Como montar uma holding familiar?

Uma das primeiras etapas para montar uma holding familiar é estabelecer os sócios. Depois, definir as características da empresa, como sociedade anônima ou limitada, tipo puro ou misto, entre outras.

Holdings do tipo sociedade anônima apresentam mais burocracia e custos. Nesse caso, patrimônio total da família pode ser divido utilizando a distribuição de ações. A participação dos sócios também pode ser controlada na diferença entre ações ordinárias ou preferenciais.

Já as empresas do tipo limitada costumam ter constituição mais simples e contar com maior liberdade em seu contrato social. Mas é importante estabelecer possíveis limites com relação à participação de pessoas que não pertencem à família.

A facilidade do processo é um ponto positivo para a constituição do negócio como sociedade limitada. No entanto, a família deve analisar as suas necessidades e as características de cada tipo antes de tomar a decisão.

Independentemente da escolha, outra etapa importante da criação de uma holding familiar é a definição de regras no estatuto social. É essencial que ele seja redigido com cuidado, pois estabelece as formas de sucessão do patrimônio e de administração.

Entendeu melhor o que é uma holding familiar? Se você ainda tiver dúvidas, busque o auxílio de profissionais para analisar o seu caso. Eles podem verificar se a abertura de uma empresa é interessante na sua situação e fornecer orientações para fazer isso da forma correta!

Gestão de risco: qual a importância desse conceito ao lidar com seu dinheiro?

Quando se fala em planejamento financeiro, investimentos e patrimônio, a gestão de risco se torna uma prática essencial. Ela visa trazer mais tranquilidade, reduzindo a possibilidade de perdas e prejuízos. Ainda, auxilia na tomada de decisões ao lidar com seu dinheiro.

Dessa maneira, é possível diminuir os erros cometidos ao longo do caminho, fazendo com que suas escolhas sejam mais alinhadas aos seus objetivos. Porém, podem surgir dúvidas sobre a importância do conceito ou como colocá-lo em prática.

Para esclarecê-las, continue a leitura deste conteúdo. Nele, você aprenderá sobre o conceito de gestão de risco e a sua importância. Acompanhe!

O que é gestão de risco e por que é importante?

A gestão de riscos em âmbito financeiro é uma prática utilizada para prevenir erros e prejuízos. Dessa maneira, ela é feita por meio de diversas práticas que identificam e mapeiam potenciais riscos, enquanto criam estratégias para mitigá-los.

Com a estratégia é possível aumentar a proteção patrimonial para ter uma vida financeira mais segura. Inclusive, isso demonstra a sua importância: com uma boa gestão de riscos, você evita ou, ao menos, reduz as perdas financeiras.

A longo prazo, isso colabora com a construção de um patrimônio sólido e rendimentos mais estáveis. Consequentemente, é possível aproveitar maior tranquilidade no dia a dia, enquanto a família também recebe proteção financeira.

Como fazer uma gestão de riscos?

Antes de pensar em como fazer uma boa gestão de riscos, é importante entender que ela pode ser feita visando diferentes aspectos financeiros. Portanto, a seguir você aprenderá mais sobre o tema considerando duas questões:

  • Investimentos – operações e negociações;
  • Patrimônio – riscos gerais relacionados ao dinheiro.

Confira!

Gestão de riscos nos investimentos

Os investimentos também afetam o seu patrimônio. Porém, a gestão de riscos, nesse caso, é mais focada em questões operacionais. A ideia é equilibrar riscos, visando potencializar ganhos e reduzir perdas.

Aprenda a seguir!

Estudo de mercado

Os investimentos podem trazer algum nível de risco, mesmo que seja baixo. Por isso, o investidor deve estudar o mercado para entender quais são as alternativas disponíveis e as características de cada uma.

O mesmo vale para quem pretende especular, tendo em vista que é preciso saber como analisar os ativos e derivativos para tomar melhores decisões. A partir do estudo, a ideia é sempre equilibrar os riscos e a possibilidade de ganhos.

Definição de perfil e objetivos

perfil de investidor indica o seu nível de tolerância aos riscos, enquanto os objetivos tratam do que você pretende conquistar ao investir. Ambos são pilares importantes na tomada de decisão para garantir que as escolhas estarão alinhadas às suas necessidades.

Decisões erradas podem levar a resgates antecipados ou venda de ativos em períodos nem sempre interessantes. Assim, você enfrentará mais riscos, afetando o desempenho da carteira.

Diversificação de carteira

Por fim, uma forma eficiente de mitigar riscos nos investimentos é ter uma carteira diversificada. Ou seja, com aplicações e ativos expostos a diferentes setores e níveis de risco.

Dessa maneira, em caso de cenário atípico para determinado investimento, é possível que o restante do seu portfólio não sinta tanto impacto ou até mesmo compense a venda nesse cenário.

Gestão de riscos patrimoniais

Já a gestão de risco patrimonial tem maior relação com o capital geral, sem considerar apenas os investimentos. Aqui, também é comum que surja a preocupação com os familiares e a sucessão do patrimônio.

Então, veja as principais dicas para implementar essa estratégia:

Reserva de emergência

Quando se fala em gestão de riscos do seu dinheiro, é fundamental considerar a reserva de emergência. Ela é formada por um determinado montante que ajudará a lidar com imprevistos financeiros, como desemprego, doenças e outros problemas.

Por isso, é recomendado que ela tenha, no mínimo, o valor equivalente a 6 meses do seu custo de vida. Ela também pode ter montantes maiores, sempre seguindo seu padrão de vida e necessidades. Então avalie esses fatores para determinar o valor ideal.

Tenha em mente que a ideia é proporcionar mais tranquilidade e evitar que você enfrente maiores dificuldades diante de uma urgência. Outro motivo para manter a reserva é prevenir o endividamento que pode ser desencadeado pelos imprevistos.

Seguro de vida

Os seguros são contratos feitos com seguradoras que oferecem cobertura diante de determinadas situações. Em troca, você deve pagar o prêmio indicado no contrato. Assim, eles são importantes para a gestão de riscos, servindo como proteção contra prejuízos.

Por exemplo, ao comprar um veículo, é comum contratar um seguro para ter proteção contra roubo ou acidentes, certo? O mesmo pode acontecer na compra de imóveis. Mas como você protege a si mesmo e a sua capacidade de gerar renda?

É nesse cenário que o seguro de vida se destaca. Ele traz uma proteção para situações mais graves, como a incapacidade para o trabalho, que impediria a continuidade na construção do patrimônio. Em caso de morte, a sua família também estará protegida.

Planejamento patrimonial

Outra dica de gestão de riscos é o planejamento patrimonial. Ele trata de um conjunto de ações que são aplicadas por quem deseja construir, estruturar ou conservar o seu patrimônio. Logo, visa criar e proteger todos os bens materiais e financeiros da família.

Ele é uma ferramenta importante para auxiliar na definição e na conquista de objetivos. Afinal, o planejamento é um passo essencial para saber quais estratégias utilizar ao longo da jornada. Outro benefício da prática é a possibilidade de organizar a sucessão familiar.

Nesse caso, ela tem o objetivo de auxiliar o processo de partilha de bens, muitas vezes evitando que uma parcela do patrimônio precise passar pelo inventário. A prática consegue trazer diversos benefícios, como:

  • proteção da família em caso de morte, tendo em vista que o inventário pode bloquear alguns valores até a sua finalização;
  • facilidade para fazer a partilha, permitindo indicar como será a distribuição do patrimônio antecipadamente;
  • redução de custos com impostos e taxas, pois pode diminuir o valor total que passa por inventário.

Ao considerar fazer a gestão de risco patrimonial, vale a pena contar com o suporte de profissionais especializados. Com conhecimentos específicos sobre finanças e o mercado, eles podem tirar dúvidas e apresentar investimentos que podem ser úteis na definição e implementação das estratégias desejadas.

Como você percebeu, a gestão de riscos é essencial para lidar com o dinheiro da melhor maneira. A prática evita perdas financeiras, traz segurança em médio e longo prazo e, ainda, proteger a sua família no que tange ao patrimônio. Assim, vale a pena adotá-la em sua rotina!

Qual a importância da educação financeira para crianças?

Vivemos em uma sociedade que tem no dinheiro sua principal forma de interação. Independente de quais são nossos objetivos de vida, planos ou sonhos, para realizá-los é necessário saber lidar com o dinheiro. Nesse sentido, quanto antes nos educarmos financeiramente, melhor será.

Infelizmente, grande parte dos adultos de hoje demorou para aprender como lidar com as finanças. Para que isso não continue acontecendo, é necessário investir em educação financeira para crianças — o que traz uma série de vantagens para elas, para as famílias e toda a sociedade.

Mas como trabalhar a educação financeira infantil e quando começar? Para saber responder essas e outras perguntas, acompanhe este artigo!

O que é educação financeira?

Antes de trabalhar a educação financeira para crianças é necessário ter clareza a respeito do que significa esse conceito. Assim, podemos dizer que ela consiste no estudo e formação de conhecimentos que uma pessoa tem em relação ao dinheiro.

É importante compreender que essa educação não diz respeito apenas ao conhecimento dos termos do universo econômico, de cálculos e investimentos. Para além disso, um ponto fundamental está relacionado com a habilidade de administrar os recursos que têm à sua disposição.

Desse modo, a educação financeira deve ser desenvolvida constantemente e aprimorada ao longo do tempo. Com isso, começar na infância pode ajudar os futuros adultos a entenderem que a busca de conhecimento e técnicas sobre finanças é relevante para todas as fases da vida.

Para que ela serve?

Além de compreender o que significa educação financeira, é preciso saber identificar qual sua utilidade para as pessoas. Nesse sentido, existem diversas funções que ela pode desempenhar, tais como:

Permitir maior segurança

Com uma educação financeira adequada, é possível desenvolver estratégias e lidar com suas finanças de forma a garantir mais segurança e estabilidade. Um exemplo é a prática da criação da reserva de emergência, que oferece suporte financeiro em casos de imprevistos.

Ter maior previsibilidade de futuro

Outra função bastante relevante da educação financeira é permitir mais previsibilidade ao pensar no futuro. Lidando com suas economias de forma inteligente, existe maior chance de saber qual será sua situação financeira nos anos seguintes.

Conseguir realizar sonhos e objetivos

Uma vez que uma pessoa tenha maior controle sobre sua situação econômica e mais previsibilidade sobre o futuro, é mais fácil conseguir realizar seus sonhos. Com uma boa educação financeira, é possível desenvolver estratégias para alcançar diferentes objetivos em diferentes prazos.

Além desses aspectos, a educação financeira, quando pensada em termos sociais, faz com que todos vivam uma vida mais tranquila e mais livre. Ou seja, quanto mais pessoas souberem lidar com o dinheiro de maneira adequada, melhor será a dinâmica econômica da sociedade.

Qual a importância da educação financeira para crianças?

Como você percebeu, são diversas as finalidades da educação financeira. Quando se pensa no caso de crianças, ela se torna ainda mais importante, uma vez que aquilo que é aprendido na infância costuma se consolidar e se propagar no futuro.

Normalmente, crianças com acesso à educação financeira se tornam adultos mais conscientes sobre como utilizar o dinheiro. Essa também é uma forma de, desde cedo, criar condições para que o relacionamento com as finanças tenha características positivas e não problemáticas.

Quanto mais cedo o indivíduo começa a refletir a respeito de um tema, mais natural será o envolvimento com o assunto. Dessa forma, ter contato ainda quando criança com educação financeira permite aos pequenos compreender com mais facilidade a dinâmica da economia.

Outro ponto importante é que, ao estimular esse conhecimento na infância, é possível impactar os pais. Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) apontou que 70% das crianças com acesso à educação financeira passaram a ajudar seus pais nas compras.

Qual o melhor momento para educar as crianças financeiramente?

Agora que você compreende o que é educação financeira e qual sua importância, inclusive para crianças, vale a pena entender quando começar a trabalhar esse tipo de educação com os mais novos.

Nesse sentido, não existe um momento específico para dar início à educação sobre dinheiro. Tudo depende do nível de desenvolvimento e de interesse do pequeno, assim como de sua capacidade de compreensão. Dessa forma, é possível começar a falar sobre o tema a qualquer momento.

Contudo, um ponto importante é que o diálogo aconteça de maneira adaptada para a realidade da criança, respeitando cada fase de sua infância. O comum é que as primeiras conversas sobre dinheiro comecem entre 3 a 4 anos, quando já existe uma melhor compreensão de certas questões.

Com 6 anos, é possível aprofundar mais o assunto envolvendo aspectos como a compra do lanche na escola ou algum doce ou brinquedo que ela tenha interesse. Tenha em mente o seguinte: quanto antes ela começar a entender de onde vem o dinheiro e para que ele serve, melhor.

Como fomentar a educação financeira para crianças?

Depois de compreender que não existe idade certa para começar a falar de dinheiro com as crianças, talvez você esteja se perguntando se há técnicas de como trabalhar educação financeira na infância. De fato, elas existem.

Confira algumas delas a seguir!

Utilize a mesada como apoio ao aprendizado

A partir de certa idade, é comum que os filhos recebam mesada de seus pais. Esse é um bom momento para ensinar o filho como economizar, organizar seus gastos e compreender o quanto pode consumir com aquilo que ganha.

Dê exemplos simples e práticos

A educação financeira infantil deve ser acessível e fácil de assimilar, para fazer sentido para a realidade da criança. Portanto, você pode conversar sobre o preço de um brinquedo ou de um jogo, por exemplo. Se o assunto dinheiro aparecer em um filme ou desenho, também vale aproveitar.

Use jogos de educação financeira infantil

Existem diversos jogos que podem ajudar a criança a desenvolver inteligência financeira. Por meio dessa abordagem, ela poderá compreender de forma lúdica como o dinheiro funciona tanto no aspecto privado da vida como nas relações sociais.

Neste texto você compreendeu o que é educação financeira para crianças e como trabalhar essa questão com os pequenos. Como foi possível notar, são diversas as vantagens em começar a falar de dinheiro cedo, — o que pode trazer benefícios até mesmo para os adultos!

É possível identificar oportunidades de investimento em momentos de crise?

Diante de um cenário econômico turbulento ou com alto grau de incerteza, muitas pessoas acreditam que é o momento de paralisar ou rever seus investimentos. No entanto, mesmo em um contexto de instabilidades, é possível considerar oportunidades de investimento.

No entanto, além de saber se existe a possibilidade de encontrá-las, você deve entender o que é preciso verificar nesse tipo de cenário. Assim, há chances de encontrar formas de superar as crises maneira mais eficiente e fortalecer sua carteira de investimentos.

Quer descobrir se é possível encontrar oportunidades de investimento em momentos de crise? Continue a leitura e saiba mais!

O cenário de crise é sempre negativo para a sua carteira?

Antes de pensar em oportunidades de investir, vale considerar os impactos de uma crise no mercado financeiro. Por exemplo, quando a economia brasileira não cresce conforme as expectativas do mercado, há riscos de que a bolsa de valores seja afetada.

Afinal, as ações das empresas podem sofrer quedas devido ao receio dos investidores sobre os riscos da economia. Porém, também é comum que uma crise seja acompanhada de um momento de recuperação.

Isso porque o crescimento econômico pode ser retomado diante das medidas adotadas pelo Governo. Nesse momento, a tendência é que ocorra a valorização de diversos ativos no futuro.

Perceba, então, que os ativos podem passar por uma queda em um determinado momento, mas há chances de que se recuperem no longo prazo. Logo, quem adquiriu ações em um momento de baixa, por exemplo, tem a chance de obter lucros após a recuperação do mercado.

Ademais, a queda de um tipo de investimento pode ser acompanhada da valorização de outro. Se uma crise acelera a inflação, a tendência é que a taxa de juros suba. O movimento pode prejudicar a renda variável, mas pode tornar a renda fixa mais atraente.

Sendo assim, existem oportunidades de investimento mesmo na crise. Para encontrá-las, é preciso ter calma e capacidade de análise, observando os movimentos do mercado. Assim, há chances de encontrar opções que ajudem seu portfólio a alcançar melhores resultados — mesmo em condições teoricamente desfavoráveis.

Como encontrar oportunidades de investimento em tempos de crise?

Agora que você sabe que podem existir oportunidades de investimento na crise, é necessário saber como encontrá-las. Dessa maneira, é possível passar por períodos de preocupação econômica com maior tranquilidade e, até mesmo, encontrar formas de impulsionar o seu patrimônio.

A seguir, veja dicas para encontrar boas possibilidades de investimento mesmo diante de crises!

Avalie seu perfil de investidor para o período

Em um momento de turbulência ou incertezas econômicas, pode ser que o seu perfil de investidor passe por uma mudança. É bastante comum adotar posições um pouco mais conservadoras ou moderadas, justamente pela imprevisibilidade do mercado.

Então, antes de tomar qualquer decisão de investimento, vale a pena reavaliar seu perfil. Faça uma nova identificação para entender como deve ser o equilíbrio da sua carteira diante do cenário de crise. Essa informação pode trazer orientações importantes para embasar as escolhas no mercado financeiro.

Tenha clareza sobre os seus objetivos

Outro ponto relevante envolve rever os seus objetivos financeiros. Se você já investe, provavelmente as suas metas já estavam definidas. Porém, pode ser o momento de reavaliá-las para compreender se é preciso fazer ajustes e identificar como o momento econômico pode ajudar em sua estratégia.

Pense, por exemplo, que você deseja alcançar uma renda passiva no longo prazo. No caso, seu foco pode estar em encontrar opções de investimento na crise que o ajudem a atingir o resultado com mais eficiência — como ao adquirir ativos descontados que costumam pagar bons dividendos.

Analise o mercado e os investimentos objetivamente

O próximo passo é realizar uma análise completa do mercado e das oportunidades que ele oferece. Nesse momento, você precisa evitar as decisões tomadas com base na emoção. Para tanto, é essencial considerar o cenário do mercado e as alternativas de investimentos disponíveis.

Avalie, por exemplo, a renda fixa e a renda variável. Em um cenário de avanço da inflação, pode ser interessante buscar títulos públicos federais ou de renda fixa privada que sejam atrelados à inflação. Dessa forma, é possível proteger a sua carteira contra a perda do poder de compra.

Outra possibilidade, como você viu, envolve o mercado de ações e a bolsa de valores. Se houver uma queda generalizada no mercado, é provável que alguns investimentos estejam descontados — ou seja, que sejam negociados por um preço menor do que realmente valem.

Ao fazer uma análise fundamentalista — a qual considera a saúde e as perspectivas da empresa ou do fundo de investimento —, você pode verificar que o ativo ou veículo de investimento permanece interessante. Logo, fazer o aporte pode ser uma forma de comprar barato e aproveitar a valorização quando o preço retornar ao que é considerado justo.

Dependendo da situação, você pode também optar por investir com foco no mercado internacional, com exposição ao dólar ou até ao ouro. Essa é uma alternativa para se proteger das condições do mercado interno, ao mesmo tempo em que você tem oportunidade de diversificar e dolarizar a carteira e ter retorno diante do bom desempenho de outros países.

Mantenha o controle emocional

Além das dicas anteriores, é fundamental manter as emoções sob controle para encontrar e aproveitar oportunidades de investimento na crise. Afinal, isso permite identificar, com maior clareza, o potencial de uma ação que está em queda por causa do efeito manada, por exemplo.

Ainda, é preciso ter inteligência emocional para não deixar o pessimismo controlar suas decisões de investimento — seja para fazer novos aportes ou vender ativos, por exemplo. Caso contrário, será mais difícil investir com estratégia, o que aumentará os riscos dos seus investimentos.

Meu tipo de perfil de investidor pode mudar?Entenda!

Antes de começar a investir, você já deve ter ouvido falar sobre a necessidade de definir o seu tipo de perfil de investidor. Afinal, suas escolhas de investimento devem estar alinhadas às suas expectativas e tolerância a correr riscos. Contudo, ao longo do tempo, é normal que suas preferências e necessidades mudem. Nesse sentido, é comum se perguntar se o perfil é uma categorização estática ou se pode mudar — e é isso que você descobrirá neste artigo. Continue a leitura para entender o que é perfil de investidor e saiba se ele pode mudar ao longo da sua jornada no mercado de investimentos! O que é o perfil de investidor? Para compreender melhor o assunto, é preciso saber o que é perfil de investidor. A classificação reúne as características que definem o seu comportamento no momento de investir. Logo, ela tem relação com suas expectativas e necessidades, além de considerar o seu apetite ao risco. Além disso, por lei, os investidores não podem ser apresentados a alternativas de investimento em renda variável antes de responderem a um questionário de avaliação comportamental. Assim, ao abrir conta em uma corretora de valores, por exemplo, você terá acesso a essa análise. Essa regra visa proteger essas pessoas de se exporem a prejuízos mal calculados. Dessa forma, a categorização serve para entender quais são as opções mais adequadas para as suas necessidades no momento de compor uma carteira de investimentos.

Quais são os tipos de perfil de investidor existentes? Após entender o que é o perfil de investidor, é importante conhecer quais são os tipos existentes e o que os diferencia. Confira a seguir: Conservador O investidor conservador prioriza a maior segurança nos investimentos. Logo, ele prefere alternativas com menos volatilidade e mais previsibilidade, mesmo que isso represente um potencial de retorno menor. Quem se encaixa nesse perfil também costuma priorizar investimentos com liquidez maior. Assim, é possível ter acesso aos recursos conforme as necessidades, sem precisar esperar até a data de vencimento do título de renda fixa, por exemplo. Vale entender que existem diversos motivos para um investidor ser classificado como conservador.

Ele pode ser uma pessoa que começou a investir recentemente e ainda precisa estudar mais sobre o mercado financeiro. Porém, o perfil conservador também pode identificar um investidor que chegou à fase de usufruto do patrimônio acumulado ao longo dos anos e não quer colocá-lo em risco, por exemplo. Moderado Os investidores moderados têm um nível de tolerância ao risco um pouco maior. Então quem tem esse perfil consegue correr um pouco mais de riscos nos investimentos em busca de um potencial de ganhos mais expressivo. Em geral, esses investidores aceitam um maior nível de volatilidade ou uma liquidez menor, a depender dos seus objetivos. Contudo, eles ainda mantêm uma parte significativa da carteira em segurança. Logo, o perfil moderado está disposto a equilibrar o portfólio entre renda fixa e renda variável, por exemplo. Assim, ele não pretende se arriscar demais, mas também tenta não comprometer a rentabilidade em busca de alta segurança. Arrojado Já o investidor arrojado tem o maior nível de tolerância ao risco. Logo, ele consegue suportar uma alta volatilidade e oscilações mais intensas sobre os investimentos. Mas isso não significa que esse perfil esteja disposto a arriscar o patrimônio sem propósito. Na prática, o investidor arrojado visa correr riscos de maneira controlada e estratégica, em busca de melhores oportunidades de rentabilidade. Por exemplo, o investimento em ações envolve maiores riscos, mas quem tem esse perfil pode manejá-los ao focar no longo prazo. Além disso, é possível fazer uma análise dos fundamentos das ações antes de investir e diversificar a carteira, por exemplo. Ainda, há como diversificar o portfólio — na busca por equilíbrio dos riscos e maior potencial de rentabilidade. Como descobrir o seu perfil de investidor? Como você viu, as suas características podem se encaixar em três tipos de perfil de investidor. Para descobrir o seu, basta realizar um teste de suitability — também conhecido como API (Análise de Perfil do Investidor).

Antes de começar a fazer os investimentos, você deve acessar o formulário por meio da sua corretora de valores. Afinal, você aprendeu que a aplicação do questionário é obrigatória para todas as instituições financeiras que oferecem investimentos. Com isso, é possível entender qual nível de risco você está disposto a assumir ao investir. A partir dessa informação, a corretora pode disponibilizar o acesso a ativos, derivativos ou produtos financeiros mais adequados para as suas necessidades. Portanto, é fundamental responder de forma sincera a todas as perguntas do teste API. Isso evita que você se exponha a riscos maiores do que pode tolerar ou se frustre com o desempenho da sua carteira de investimentos no futuro. Afinal, o perfil de investidor pode mudar? Após aprender sobre essa característica, você deve estar se perguntando se a definição do perfil de investidor é definitiva. Na verdade, ela não é fixa. Isso significa que, se você se encaixa em um perfil hoje, não necessariamente permanecerá nele ao longo dos anos. Mudanças nas suas expectativas e necessidades podem acontecer por diversos motivos.

Em geral, a sua tolerância ao risco está relacionada com o que você espera alcançar com os investimentos. Logo, se os seus objetivos financeiros mudarem, o seu perfil também pode variar. Um investidor com foco no longo prazo, por exemplo, pode tolerar uma exposição maior aos riscos, pois eles poderão ser diluídos ao longo do tempo. Então o perfil pode ser moderado ou arrojado. Mas se a meta é montar uma reserva de emergência, colocar o patrimônio em risco pode não ser interessante. Nesse caso, as escolhas tendem a ser mais conservadoras. Outro fator que influencia no perfil é o nível de conhecimento. Quanto mais você estuda sobre o mercado financeiro, maior tende a ser a confiança para correr riscos. Como você viu, uma postura conservadora pode ser resultado da falta de experiência e conhecimento sobre os investimentos, enquanto informações consolidadas podem fornecer maior conforto para se arriscar um pouco mais.

Com qual frequência é preciso reavaliar o perfil? Ao saber que é possível mudar de perfil de investidor, pode valer a pena considerar realizar o teste de suitability com periodicidade para contemplar possíveis mudanças na sua abertura aos riscos. Além disso, a atualização do perfil é obrigatória nas corretoras de valores. Ela deve ser feita a cada 2 anos ou quando há mudanças nas regras do questionário, por exemplo. Mas você também pode solicitar a atualização sempre que achar necessário, garantindo maior alinhamento com a sua estratégia e objetivos pessoais. Agora você sabe que o seu tipo de perfil de investidor pode mudar ao longo do tempo. Afinal, a sua classificação atual dependerá das suas características e necessidades em relação ao seu patrimônio e metas financeiras.

Como escolher a melhor estratégia de alocação de ativos para a sua carteira?

Ter sucesso ao fazer investimentos envolve mais que escolher as oportunidades ideais para você. Também é preciso pensar em como distribuir os recursos entre as diferentes alternativas, bem como definir a frequência de atualização do portfólio. Para ajudar nesse processo, há a alocação de ativos.

Mais que uma estratégia única, ela oferece diversas subdivisões — as quais podem ser adequadas para diferentes tipos de investidores. Por isso, vale a pena compreender como essas abordagens se caracterizam para conseguir definir qual alternativa é ideal para a sua carteira.

Neste artigo, você saberá quais são as opções de alocação de ativos e entenderá como escolher a opção certa para as suas necessidades.

Continue a leitura e acompanhe!

O que é uma estratégia de alocação de ativos?

A alocação de ativos é uma estratégia que serve para definir como o seu dinheiro deve ser distribuído entre as alternativas disponíveis do mercado financeiro. Essa abordagem também é conhecida como asset allocation.

Sobre o funcionamento dela, é comum que haja a criação de um asset mix. Ele representa uma cesta de ativos que fazem parte do seu portfólio, em proporções que variam com o seu perfil de investidor e com os seus objetivos financeiros.

Sendo assim, a alocação de ativos ajuda a compor uma configuração de investimentos personalizada e que deve fazer sentido para as suas características de investidor.

Quais as principais estratégias de alocação de ativos?

Apesar de a alocação de ativos ter um funcionamento geral, ela pode se dividir em tipos, dependendo de características referentes à atualização dessa composição. Assim, com base nos elementos das operações financeiras e nos objetivos com os investimentos, há diferentes tipos de alocação.

A seguir, você entenderá quais são as principais alternativas de asset allocation e compreenderá como elas funcionam.

Acompanhe!

Alocação estratégica

Na alocação estratégica, a tendência é realizar uma distribuição estática dos seus recursos. Ou seja, você define porcentagens para cada classe ou ativo e a ideia é manter esses níveis ao longo do tempo.

É bastante comum embasar a tomada de decisão nessa estratégia nos resultados históricos ou esperados dos ativos. Para entender melhor, imagine que a renda fixa tem uma previsão de retorno de 8% e o histórico consolidado de um ativo de renda variável demonstra que ele pode render 20%.

Ao adotar a alocação estratégica, nesse cenário, o investidor poderia montar uma carteira com 50% dos ativos em cada classe. Assim, a previsão de rendimento seria de 14% — resultado que é fruto da média entre as alternativas citadas. 

Ao adotar essa ideia, portanto, você utiliza as perspectivas e projeções para definir o melhor modo de alcançar os resultados de interesse, definindo a alocação a partir desses dados. 

Alocação de ativos de ponderação constante

Já a alocação de ativos de ponderação constante prevê a realização de operações diante das mudanças nos percentuais de alocação que acontecem com o tempo devido aos movimentos do mercado. Logo, esse é um tipo que prevê o rebalanceamento periódico da carteira.

Para orientar quando deve ter início o período de tomar decisões, é possível estabelecer uma variação máxima. Assim, quando ela acontece, devem ser realizadas mudanças na composição do portfólio para retomar a configuração inicial.

Alocação dinâmica de ativos

Para os investidores que têm mais conhecimento, experiência e tempo disponível, é possível recorrer à alocação dinâmica de ativos. Ao adotá-la, a ideia é comprar e vender ativos com mais regularidade, conforme as condições do mercado e as previsões sobre os resultados.

Desse modo, é possível buscar o melhor caminho para alcançar os objetivos. Em contrapartida, é preciso tomar decisões de modo mais rápido e com um nível maior de exposição à volatilidade gerada pelos diferentes cenários econômicos. 

Alocação de ativos segurada

Enquanto o tipo dinâmico é mais voltado a quem tem maior tolerância aos riscos, a alocação de ativos segurada pode ser interessante para os investidores mais conservadores. Isso acontece porque ela prevê a realização de mudanças na alocação conforme ocorrem perdas.

Nesse sentido, você deve estabelecer uma perda máxima tolerada. Se esse nível de desvalorização for alcançado, o foco passa a ser investir em alternativas mais seguras para retomar a proporção original. Para isso, é possível recorrer a aplicações como títulos públicos do Tesouro Direto. 

Qual a importância de considerar o asset allocation?

Independentemente do tipo de alocação de ativos, a estratégia é importante para a sua carteira de investimento porque pode trazer diversos benefícios. Uma das vantagens é a possibilidade de equilibrar risco e retorno ao selecionar diferentes tipos de investimentos.

Assim, você pode ter uma configuração de portfólio que esteja alinhada com as suas necessidades e perfil de risco, garantindo maior personalização para a sua estratégia. 

Ela também ajuda a fazer a diversificação de investimentos. Afinal, essa pode ser uma das estratégias para investir em títulos de renda fixa, ações, fundos de investimento variados e mais. Logo, seu capital não fica exposto a um só risco ou mercado.

Dependendo do tipo escolhido de alocação, você pode reduzir os custos operacionais ou aumentar o potencial de ganhos, por exemplo. Logo, essa estratégia pode favorecer seus resultados.

Como escolher a melhor estratégia de alocação para a sua carteira?

Como você viu, existe mais de um tipo de alocação de ativos. Para escolher qual modalidade adotar em sua estratégia, vale pensar em características como perfil de investidor, objetivos financeiros e conhecimento de mercado.

Se você for mais conservador ou tiver menos entendimento sobre os investimentos, pode ser mais adequado focar em estratégias com menor volume de operações. Porém, se acompanhar o mercado de modo ativo for relevante para o seu portfólio, uma estratégia mais dinâmica pode fazer sentido.

Como é preciso ter conhecimento para embasar essa decisão, uma assessoria de investimentos também pode ajudá-lo. Afinal, os assessores podem apresentar diferentes oportunidades de investimentos do mercado, conforme o seu perfil e objetivos, e esclarecer todas as suas dúvidas. 

Com essas informações, você terá melhores condições para definir qual é a abordagem ideal para compor a sua carteira de investimentos.

Agora você sabe o que é a alocação de ativos e quais são as estratégias existentes. Dessa maneira, vale a pena aprender mais sobre as diferentes possibilidades para definir a melhor forma de distribuir os seus recursos.

Custo de oportunidade: entenda o que é, exemplos e como calcular!

Uma das principais dificuldades do investidor é escolher os produtos e ativos financeiros mais adequados para compor a sua carteira de investimentos. Afinal, existem inúmeras opções no mercado financeiro, sejam elas de renda fixa ou de renda variável.

Nesse contexto, aprender a calcular o custo de oportunidade se revela importante. Isso porque a análise desse conceito pode contribuir na decisão de investir em uma alternativa ou em outra. Assim, você poderá montar um portfólio mais alinhado ao que você busca enquanto investidor.

Continue a leitura deste artigo para saber o que é o custo de oportunidade, conhecer exemplos e descobrir como é feito o seu cálculo. Não perca!

O que é custo de oportunidade?

O conceito de custo de oportunidade diz respeito à relação existente entre uma escolha e as suas consequências. Também chamado de trade-off, esse é o custo que você paga por ter escolhido uma opção em detrimento das demais.

Essa definição pode ser aplicada em diferentes áreas da vida, como trabalho, estudos, relacionamentos e muito mais. Quando você opta por cursar direito, por exemplo, poderá abrir mão de outros cursos como medicina, engenharia, tecnologia da informação, etc.

No mercado financeiro acontece o mesmo. Isto é, quando você escolhe alocar o seu capital em uma alternativa de investimento, estará deixando de lado os eventuais ganhos que você teria ao investir em outra.

Para entender melhor, pense em quem investe apenas na caderneta de poupança. Nesse caso, essa pessoa deixa de explorar o potencial de rentabilidade de alternativas como os CDBs (certificados de depósito bancário). Afinal, eles podem ter rendimentos maiores e têm o mesmo nível de segurança da caderneta.

Como o custo de oportunidade funciona? 

Agora que você conheceu o conceito de custo de oportunidade, falta aprender como ele funciona. Quem investe costuma ter recursos limitados para alocar, não sendo possível incluir todos os investimentos de seu interesse na carteira em apenas uma oportunidade. 

Nesse sentido, é necessário priorizar as opções mais alinhadas às suas expectativas e ao seu nível de abertura de riscos. Isso pode exigir que você abra mão de alternativas que podem ter um bom potencial de rentabilidade, mas também são mais arriscadas, por exemplo.

Ademais, é importante avaliar os diferentes custos de oportunidade, que nem sempre estão ligados apenas à rentabilidade ou questões financeiras. Confira abaixo os custos mais comuns:

  • custo de oportunidade aberto: esse é o formato mais simples, pois traz todos os elementos para medir o impacto da escolha que foi deixada de lado;
  • custo de oportunidade oculto: nesse modelo, são considerados os custos embutidos na operação realizada, mas que podem ser difíceis de identificar ou mensurar;
  • custo de oportunidade contábil: diz respeito ao custo contabilizado, ou seja, após abater os custos abertos e escondidos para saber o quanto você perdeu ou deixou de ganhar;
  • custo de oportunidade ambiental: nessa modalidade, é buscado o máximo que se pode aproveitar ao explorar um recurso natural.

Como calcular o custo de oportunidade?

Ainda que seja necessário  considerar o custo de oportunidade no momento de investir, nem sempre é possível calculá-lo de forma precisa. O motivo disso é que esse conceito, muitas vezes, está ligado a aspectos subjetivos, inexistindo uma fórmula aritmética universal.

Por exemplo, cada pessoa possui um perfil de investidor e objetivos individuais. Assim, um investimento pode representar exatamente o que um investidor está buscando, mas atender aos interesses de outra pessoa apenas parcialmente.

Nesse contexto, cada investidor pode chegar a um resultado diferente ao avaliar o custo de oportunidade. Por essa razão, é possível expressar esse custo em uma fórmula matemática que seja aplicável em qualquer situação se torna bastante complexo.

Contudo, quando se fala a respeito de investimentos, alguns conceitos podem ajudar na decisão — como a análise do tripé de investimentos. Ele envolve a rentabilidade, a segurança e a liquidez de uma alternativa antes de investir nela. 

Conheça cada um desses pilares:

  • rentabilidade: representa a remuneração que pode ser obtida a partir da realização do investimento. Em outras palavras, é o potencial de retorno financeiro;
  • segurança: refere-se ao risco que um investimento oferece e o nível de proteção que ele proporciona;
  • liquidez: diz respeito à velocidade em que se pode converter o investimento em dinheiro.

Quando você opta por um investimento com alta rentabilidade, provavelmente terá que abrir mão da segurança e da liquidez. Já ao priorizar a segurança, é possível que a rentabilidade e a liquidez sejam prejudicadas.

Exemplo de custos de oportunidade

Para facilitar a compreensão da análise do custo de oportunidade, vale conferir um exemplo prático em relação aos investimentos.

Com a alta da Selic (a taxa básica de juros), muitos investimentos de renda fixa passam a ter uma rentabilidade maior. Nesse sentido, suponha que você encontre um título do Tesouro Direto com vencimento em 5 anos e que ofereça um retorno de 13% ao ano.

Agora imagine que, na plataforma de investimentos de sua corretora, você encontre um fundo de investimento multimercado que apresente um histórico de rentabilidade de 26%, somente no último ano. Ao avaliar apenas a rentabilidade, o fundo pode parecer mais vantajoso.

Porém, quando analisada a liquidez, o Tesouro Direto conta com liquidez diária, podendo ser resgatado em apenas 1 dia. Já o fundo conta com uma liquidez de D + 91 e, assim, você demorará cerca de 3 meses para levantar a quantia investida após a solicitação do resgate.

Quando analisada a segurança, os títulos do Tesouro têm o Governo como devedor. Nesse sentido, é bastante difícil que ele se torne inadimplente e as aplicações são integralmente cobertas pelo Tesouro Nacional. 

Por outro lado, o fundo multimercado analisado adota estratégias que podem envolver renda fixa, ações, câmbio, criptomoedas e muito mais. Portanto, ele tende a ficar exposto aos riscos do mercado, podendo fazer o capital do investidor crescer ou diminuir — o que representa alto risco.

Com isso, ao escolher um deles, você estará deixando de aproveitar os benefícios do outro — que podem envolver maior liquidez, rentabilidade ou segurança. Assim, é preciso analisar todos os fatores para entender qual escolha é mais adequada às suas necessidades.

Conclusão

Neste artigo você aprendeu o que é custo de oportunidade e como ele funciona. Caso você invista ou pretenda investir no mercado financeiro, essa análise pode ser determinante para a escolha das alternativas que mais façam sentido para o seu perfil de investidor e objetivos financeiros.Precisa de ajuda para conhecer os investimentos mais adequados considerando o seu perfil e objetivos?

Investimentos internacionais: aprenda por que e como ter um portfólio global

Criar um portfólio que contemple diversas oportunidades do mercado é importante para otimizar a performance da carteira. No entanto, focar apenas no mercado nacional pode não ser suficiente. Por isso, vale a pena recorrer aos investimentos internacionais.

Com eles, você tem a chance de aproveitar um portfólio global e que faz sentido para diferentes objetivos. Além disso, essa é uma forma de explorar oportunidades que podem não estar disponíveis no Brasil.

A seguir, descubra por que vale a pena fazer investimentos internacionais e entenda como realizar esses aportes!

Por que realizar investimentos internacionais?

A criação de um portfólio global está ligada, principalmente, à diversificação da carteira. Ao se expor às condições de uma economia que não seja a brasileira, você pode se proteger dos impactos que podem ocorrer no cenário nacional.

Pense no caso de um investimento com exposição aos Estados Unidos, país com uma das economias mais sólidas do planeta. Se o Brasil passar por uma crise política ou econômica causada por fatores internos, é pouco provável que o mercado americano sofra consequências.

Então, mesmo que seus investimentos nacionais sofram perdas, os aportes voltados ao mercado internacional podem gerar lucros. Dependendo do desempenho e da proporção do portfólio, os ganhos com o mercado externo podem até superar as perdas sofridas no setor interno.

A partir da diversificação, portanto, é possível obter dois resultados principais. O primeiro é a mitigação dos riscos — que se tornam menores por não haver concentração de recursos em apenas um mercado.

O segundo resultado é o aumento do potencial de retorno. Se o mercado interno e o mercado externo tiverem bom desempenho, há como obter um retorno melhor do que se você investisse apenas no cenário nacional.

Quais os riscos e vantagens dos investimentos internacionais?

Como você viu, um dos principais benefícios dos investimentos internacionais é a possibilidade de diversificar o portfólio. Assim, você consegue proteger melhor o seu patrimônio e até acelera o acúmulo de resultados.

Além desse benefício, existem outros pontos positivos — e um deles é a chance de fazer hedge cambial. Ao investir com exposição ao dólar, por exemplo, você consegue se proteger de eventuais aumentos do câmbio.

Como parte da carteira estará dolarizada, os ganhos com os ativos internacionais podem compensar os impactos sofridos pelo aumento da moeda estrangeira.

O investimento internacional também permite capturar certos movimentos do mercado, como o desempenho de um determinado setor mais desenvolvido em outro país.

O investimento internacional também permite capturar certos movimentos do mercado, como o desempenho de um determinado setor mais desenvolvido em outro país.

Ao mesmo tempo, convém considerar que existem riscos no investimento internacional. Ao se expor aos ativos de outra economia, você fica sujeito aos efeitos que podem ocorrer no ambiente externo. Uma crise internacional pode afetar a performance dos seus investimentos em curto prazo.

Também é necessário pensar que o investimento fora do país guarda riscos semelhantes a ativos brasileiros equivalentes. Ou seja, investir em uma ação internacional tem um risco de mercado semelhante ao de investir em uma ação brasileira, devido à lei da oferta e da procura.

Quais são as possibilidades de investimento no exterior?

Agora que você sabe o que o investimento internacional pode oferecer para a sua estratégia, vale a pena compreender de que forma pode manter uma carteira global.

A seguir, descubra algumas alternativas que podem ajudá-lo a investir internacionalmente!

Investimento direto

O investimento direto é uma alternativa para quem deseja participar do mercado internacional levando os recursos para o exterior. Para tanto, é preciso criar conta em uma instituição financeira internacional, conhecer as regras do mercado escolhido e converter o câmbio para realizar as operações.

Dessa forma, você pode comprar diretamente as ações, os títulos ou as cotas de fundos de investimento disponíveis em outro país, por exemplo. No entanto, essa alternativa pode ser mais complexa e mais cara, devido à burocracia e às taxas envolvidas nas transações cambiais.

Fundo internacional

Já o fundo internacional é uma das oportunidades para quem deseja saber como investir no exterior mesmo morando no Brasil. Ele é um veículo financeiro coletivo, cujos recursos são administrados por um gestor. De acordo com a estratégia, o profissional realiza operações e gerencia o portfólio.

No fundo internacional, especificamente, o objetivo é alocar a maior parte dos recursos em ativos com exposição ao cenário externo. As cotas desse fundo ficam disponíveis nas plataformas das instituições financeiras.

ETF

O exchange traded fund (ETF) também é conhecido como fundo de índice. No caso dele, o foco está em replicar o desempenho de um indicador de referência. Para isso, é bastante comum que seja replicada a carteira teórica que representa o índice escolhido, por meio da gestão passiva.

O ETF garante exposição internacional quando o índice utilizado como referência é formado por ativos do mercado externo. Além disso, as cotas dos ETFs ficam disponíveis na bolsa de valores brasileira (B3).

BDR

Outra oportunidade negociada em reais e diretamente na B3 é o certificado de depósito de valores mobiliários (BDR). Esse investimento consiste em um tipo de certificado lastreado em ativos existentes no mercado externo.

Entre as opções, há BDRs de ações, de ETFs internacionais, de títulos de dívida (bonds), de real estate investment trusts (REITs) e outros. Assim, ao investir em um BDR, você não se torna o acionista ou cotista do investimento internacional. No entanto, você tem acesso aos resultados do ativo.

Como começar a investir no exterior?

Após entender como é possível fazer investimentos internacionais, vale a pena compreender como aproveitá-los. Comece considerando seu perfil de investidor e seus objetivos financeiros para conhecer seu grau de tolerância aos riscos e os resultados desejados.

Em seguida, defina se você deseja fazer um investimento direto ou se deseja investir no exterior sem sair do Brasil. A segunda alternativa costuma ser mais prática e aumentar seu potencial de investimento, já que não há a conversão cambial.

No caso do investimento internacional por meio do mercado brasileiro, você precisará criar sua conta em uma corretora de valores. A partir disso, será possível adquirir as cotas dos fundos internacionais por meio da plataforma ou aproveitar as outras oportunidades na bolsa de valores.

Com essas informações, agora você sabe por que vale a pena aproveitar os investimentos internacionais e como eles podem ajudar sua carteira. Desse modo, é possível fazer as escolhas mais adequadas para a sua estratégia no mercado financeiro.

Rebalanceamento periódico da carteira: qual o significado e a importância de fazer?

Investir sempre na mesma alternativa tende a não ser uma estratégia muito eficiente. Afinal, o cenário do mercado pode mudar e impactar os resultados do investimento. Logo, é importante saber qual é o significado e a importância do rebalanceamento periódico da carteira.

Essa estratégia contribui para você equilibrar o risco e o retorno do seu portfólio, aproveitando o atual momento do mercado. Porém, a sua utilização demanda um conhecimento mais aprofundado sobre seu funcionamento.

Portanto, acompanhe este conteúdo e veja qual é o significado e a importância de fazer o rebalanceamento periódico da carteira.

Aproveite!

O que é o rebalanceamento de uma carteira de investimentos?

Um dos modos mais fáceis de compreender o rebalanceamento de uma carteira de investimentos é ao compará-lo às necessidades de um automóvel. Ao comprar um veículo novo, ele sai de fábrica alinhado, com suas peças funcionando e pronto para que você possa conduzi-lo a diversos destinos.

Contudo, com o tempo e com o uso, é comum surgirem barulhos, rangidos e problemas nas peças, colocando as suas viagens em risco. Desse modo, periodicamente, é preciso levar o carro ao mecânico para fazer a revisão e substituir o que está defeituoso.

Nos investimentos a questão é semelhante, pois ainda que você escolha bons investimentos para a sua carteira, com o tempo, eles podem perder a eficiência. Os motivos são diversos, por exemplo: mudanças no cenário econômico e político, crises, guerras e muito mais.

Nesse sentido, se você não substituir os investimentos que deixaram de apresentar os resultados esperados, o seu futuro financeiro poderá estar em risco. Logo, essa estratégia de promover o reajuste dos investimentos em uma carteira é chamada de rebalanceamento.

Qual a importância dessa estratégia?

Após aprender o conceito de rebalanceamento, é pertinente conferir qual é a importância de adotar essa abordagem.

Nesse sentido, cada investidor monta a sua carteira de investimentos segundo o seu perfil e objetivos financeiros. Então é possível encontrar portfólios compostos por diferentes produtos financeiros, ativos e derivativos. Eles também aparecem em proporções distintas.

Com isso, a realização do rebalanceamento é importante para manter o equilíbrio da carteira em todos os casos. Por exemplo, imagine um investidor que montou o portfólio em um período de altas taxas de juros, alocando 80% do seu patrimônio em renda fixa e 20% em variável.

Enquanto os juros permanecerem em alta, os seus resultados tendem a ser elevados. Porém, se os juros diminuírem, a rentabilidade do portfólio possivelmente diminuirá. Nessa hipótese, para manter o retorno da carteira no mesmo patamar, ele precisará reajustá-la.

Ou seja, o investidor poderá diminuir a exposição aos produtos de renda fixa e aumentar a proporção de ativos ou derivativos de renda variável. Isso ocorre porque os ganhos na renda variável não são limitados a uma taxa de juros ou índice de mercado, embora sejam mais arriscados.

Portanto, o rebalanceamento evita que o seu portfólio fique defasado ou concentrado em investimentos que não estão mais apresentando os resultados desejados. Portanto, essa é uma estratégia capaz de manter a relação risco e retorno da sua carteira alinhada às suas preferências.


De quanto em quanto tempo é preciso fazer o rebalanceamento?

De modo geral, não existe uma periodicidade específica para realizar o rebalanceamento de uma carteira de investimentos. Na realidade, o cenário ideal é não esperar um longo prazo para revisitar o portfólio e fazer as substituições pertinentes.

Isso ajuda a evitar uma prática bastante comum entre os investidores inexperientes, que consiste em comprar quando os preços estão caros e vender quando eles estão baratos. Como o mercado é conhecido por ser cíclico, ele pode repetir seus movimentos de alta e baixa no decorrer do tempo.

Logo, é interessante cogitar fazer o rebalanceamento ao notar sinais de mudanças quanto à direção do mercado. Assim, você poderá remanejar a sua carteira enquanto os preços ainda não subiram ou caíram demais, a ponto de ter que arcar com prejuízos para fazer os ajustes necessários.

Outra possibilidade de definir o momento de rebalancear a carteira é fixar um lapso temporal específico. É o caso, por exemplo, de quem revisita o portfólio a cada semestre ou anualmente para ver se é preciso fazer mudanças.

Tenha em mente que esse prazo pode ser maior ou menor, devendo fazer sentido aos seus interesses e necessidades.

Como rebalancear a carteira de investimentos?

Agora que você já compreende melhor o significado do rebalanceamento da carteira, vale a pena aprender como aplicar essa estratégia nos seus investimentos.

Confira abaixo algumas dicas que podem ser úteis!


Defina a proporção de alocação em cada classe de ativo

Ao definir um percentual de alocação em investimentos de renda fixa e variável, fica mais fácil saber o momento de rebalancear a carteira. Afinal, com o vencimento de aplicações financeiras ou com a venda de ativos ou derivativos para a realização de lucro, a proporção da sua carteira mudará.

Desse modo, quando isso acontece, você saberá que está na hora de reequilibrar o portfólio. É pertinente destacar que a escolha dessa proporção deverá respeitar o seu perfil de investidor, objetivos financeiros e estratégias operacionais.

Acompanhe o mercado e o desempenho da sua carteira

O uso da estratégia de rebalanceamento demanda um acompanhamento periódico do mercado e dos resultados de sua carteira. Isso porque as mudanças nos ciclos do mercado e no retorno do seu portfólio podem indicar o momento apropriado para rebalanceá-lo.

Se você notar indícios de reversão de um movimento ou perceber que a rentabilidade de uma alternativa diminuiu, avalie fazer as substituições cabíveis.

Convém notar que a ideia não é buscar pelo melhor investimento, mas procurar por aquele que retome o equilíbrio da carteira e o permita alcançar os seus objetivos.

Conte com uma assessoria de investimentos

Não são todos os investidores que possuem tempo ou conhecimento para analisar e escolher os investimentos para rebalancear a carteira. Nesse sentido, essa pode ser a oportunidade de buscar o suporte de uma assessoria de investimentos.

O assessor de investimento conta com amplo conhecimento sobre o mercado e pode apresentar as alternativas disponíveis, bem como esclarecer dúvidas sobre cada uma. Então não deixe de recorrer a esse profissional na hora de investir ou remanejar o portfólio.

Como alinhar os investimentos às suas metas financeiras? Descubra!

Destinar parte do seu capital para o mercado financeiro é uma decisão fundamental para ficar cada vez mais próximo de realizar diferentes sonhos e objetivos. Entretanto, para que isso seja feito de maneira eficaz, é necessário alinhar os seus investimentos às suas metas financeiras.


Caso contrário, você poderá tomar decisões equivocadas na hora de investir — e poderá não alcançar aquilo que deseja. Para evitar esse tipo de situação, portanto, o ideal é saber como criar uma carteira consistente com o que você espera alcançar.


Ao longo deste conteúdo, você saberá o que são metas financeiras, como defini-las corretamente e como alinhar os seus investimentos a elas.


Tenha uma ótima leitura!

O que são metas financeiras?

As metas financeiras correspondem a diferentes tipos de planos que uma pessoa deseja realizar em períodos distintos — no curto, médio ou longo prazo. Elas exigem quantias específicas de dinheiro para serem alcançadas e devem ser claras, mensuráveis e realistas.


Alguns exemplos de metas financeiras pessoais são:

  • quitar todas as dívidas em 1 ano;
  • poupar R$ 350 por mês para montar a reserva de emergência;
  • acumular R$ 15 mil em 2 anos para fazer uma viagem para o exterior;
  • aplicar R$ 400 mil em alternativas do mercado financeiro para comprar a casa própria em 8 anos;
  • investir mensalmente R$ 1,5 mil, durante 20 anos, para alcançar a independência financeira e viver de dividendos.


Ao ter metas financeiras bem definidas, você poderá gerenciar melhor os seus gastos e investimentos, de modo a garantir que está no caminho certo para atingi-las.


Afinal, na hora de investir, muitas pessoas olham apenas para o potencial de ganhos do investimento. Porém, esse é apenas um dos aspectos que você deve analisar. As metas financeiras também devem ser consideradas para você tomar decisões compatíveis com os resultados desejados.

Como essas metas devem ser definidas?

Após entender o conceito de metas financeiras, é válido saber como defini-las corretamente. Para esse intuito, você deve pensar em quatro pontos principais:

  • o que você deseja alcançar;
  • em quanto tempo deseja realizar esse objetivo;
  • a quantia que precisará para isso;
  • o dinheiro que será preciso investir todo mês para tornar essa meta realidade.


Para entender melhor, considere um exemplo prático. Imagine que você queira construir o seu fundo de emergência, que consiste em um montante referente a pelo menos 6 meses do seu custo de vida mensal.


Agora, suponha que o seu custo de vida mensal seja de R$ 4 mil. No caso, a quantia total que você precisará para construir o fundo é de R$ 24 mil. Aqui, você já tem dois aspectos importantes definidos: a meta que deseja alcançar (a construção do fundo) e o capital necessário para concretizar esse objetivo (R$ 24 mil).


Em seguida, é preciso pensar o prazo em que você deseja atingir essa meta e quanto dinheiro terá que investir mensalmente para chegar até ela. Se você tem interesse em construir o seu fundo de emergência em 12 meses, terá que investir cerca de R$ 2 mil todos os meses.


Já se você quiser montá-la em um prazo maior, em 24 meses, o seu aporte será menor — de R$ 1 mil por mês. Note, entretanto, que esses valores desconsideram eventuais rendimentos, taxas e impostos.

Qual a relação entre metas financeiras e investimentos?

As metas e os investimentos estão diretamente relacionados, pois investir é uma das principais formas de alcançar diferentes objetivos. Assim, quando você tem metas financeiras bem definidas, tende a ser mais fácil escolher as aplicações e os ativos adequados para atingi-las.


Por exemplo, se você tem uma meta de curto prazo, como fazer uma viagem nacional, investir no Tesouro Selic ou em um certificado de depósito bancário (CDB) de liquidez diária pode ajudá-lo.


Já se você tiver uma meta de médio prazo, como comprar um carro, é possível considerar investimentos como Tesouro Prefixado, letra de crédito imobiliário (LCI) e alguns fundos de investimento. Isso dependerá da sua tolerância ao risco, por exemplo.


Se você tiver planos de longo prazo, pode considerar outras alternativas, como ações, fundos imobiliários (FIIs) e outros ativos de renda variável. Como você pode perceber, cada tipo de meta se adequa melhor a um investimento específico. Por isso é tão importante entender essa relação antes de tomar decisões.

Afinal, como alinhar investimentos com metas financeiras?


Após entender essas questões sobre metas financeiras e investimentos, você está pronto para aprender como alinhar essas questões. Sendo assim, se você quiser saber como investir apropriadamente de acordo com os seus planos, confira os tópicos a seguir!

Considere seu perfil de investidor

Antes de escolher quais investimentos fazer, é fundamental conhecer o seu perfil de investidor. Ele pode ser conservador, moderado ou arrojado e serve para definir o nível de risco que você está disposto a correr no mercado financeiro.


Ao entender o seu perfil de investidor, você poderá escolher os investimentos que melhor se encaixam nas suas necessidades e objetivos.

Considere os prazos de cada meta

Conforme você acompanhou, as metas financeiras podem ser de curto, médio ou longo prazo, e cada uma delas exige uma estratégia de investimento diferente. Por isso, é fundamental considerar em quanto tempo você deseja atingir cada conquista e escolher investimentos alinhados com essa previsão.

Observe a rentabilidade e a liquidez dos investimentos

Além da segurança, outros dois fatores importantes a serem observados são a rentabilidade e a liquidez dos investimentos. A rentabilidade diz respeito ao retorno financeiro que o investimento pode gerar, enquanto a liquidez se refere à facilidade de resgatar o dinheiro investido.


Esses três elementos formam o chamado tripé de investimentos. É preciso avaliar esses aspectos de cada oportunidade para escolher aquelas que se encaixam melhor nas suas metas financeiras e perfil de investidor.


Por exemplo, para metas de curto prazo, costuma ser mais adequado investir em produtos de renda fixa de baixo risco e com alta liquidez. Já para metas de longo prazo, é possível considerar alternativas de maior risco e maior potencial de retorno.

Monte uma carteira diversificada

Por fim, é essencial montar uma carteira diversificada. Dessa forma, você poderá reduzir os riscos e até potencializar os ganhos do seu portfólio. Nesse sentido, é aconselhável distribuir os investimentos em diferentes produtos, setores e mercados, com níveis de risco e retorno distintos.


Neste conteúdo, você entendeu o que são metas financeiras e qual a relação delas com os investimentos. Agora, coloque em prática o que aprendeu para manter esses dois itens alinhados e, assim, ficar cada vez mais perto de conquistar seus objetivos.